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discussão A república Brasileira falhou?


Hagaro
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Retrato do Brasil: todos os ex-presidentes vivos e também o atual são citados na Lava Jato

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Antes de tudo, vale ressalvar que uma pessoa só é considerada culpada após o trânsito em julgado; e a pena de prisão apenas acontece após a segunda instância confirmar a sentença original condenatória. Passada a óbvia observação, vamos à calamidade do fato.

 

A situação é vergonhosa, para dizer o mínimo.

 

Nas delações da Operação Lava Jato, aparecem simplesmente TODOS os ex-Presidentes da República ainda vivos e também o mandatário atual.

 

Enfim, o Sarney foi mencionado e surpreendentemente obteve benefício de foro mesmo sem tê-lo (pois é, ele NÃO TEM foro privilegiado), e há menção a seu “grupo” na nova lista. Fernando Collor é alvo de inquérito e Lula, de pedido de investigação. Os casos de Dilma e FHC desceram para a primeira instância.

 

Temer, por prerrogativa do cargo, só poderá ser investigado sobre fato pregresso após deixar o Planalto.

 

Este é nosso país.

 

fonte:

http://www.implicante.org/blog/retrato-do-brasil-todos-os-ex-presidentes-vivos-e-tambem-o-atual-sao-citados-na-lava-jato/

 

Se formos levar em conta que em todos esses anos de república existiram apenas dois governos democráticos que conseguiram chegar até o fim (Lula e FHC), e que mesmo assim estes estão sempre metidos em corrupções podemos chegar a conclusão que a república Brasileira falhou?

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Hagaro, você é muito perspicaz...

 

Não só falhou, como falhou miseravelmente.

 

A época do Brasil como monarquia, éramos uma promessa de potência. Nossa legislação era reconhecida internacionalmente. As escolas eram de alto nível, a educação era prioridade, e D. Pedro prezava muito pelas condições trabalhistas (tanto que foi ele quem deu inicio a abolição da escravatura). Éramos um país em ascensão, onde toda a riqueza produzida gerava frutos diretamente a nação.

 

Sobre D. Pedro, nunca fez uma viagem internacional as custas do dinheiro público. NUNCA ostentou nada, e fez MUITO, MUITO. Não vou citar aqui agora, pois ficaríamos horas falando disso. Enfim, olha a diferença.

Every man has to die

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Hagaro, você é muito perspicaz...

 

Não só falhou, como falhou miseravelmente.

 

A época do Brasil como monarquia, éramos uma promessa de potência. Nossa legislação era reconhecida internacionalmente. As escolas eram de alto nível, a educação era prioridade, e D. Pedro prezava muito pelas condições trabalhistas (tanto que foi ele quem deu inicio a abolição da escravatura). Éramos um país em ascensão, onde toda a riqueza produzida gerava frutos diretamente a nação.

 

Sobre D. Pedro, nunca fez uma viagem internacional as custas do dinheiro público. NUNCA ostentou nada, e fez MUITO, MUITO. Não vou citar aqui agora, pois ficaríamos horas falando disso. Enfim, olha a diferença.

 

Acredito que você esteja se referindo à Dom Pedro II, correto?

A educação à época era terrível. A primeira instituição de Ensino Superior no Brasil surgiu no século XX. As elites, que tinham acesso à recursos, estudavam em Coimbra. A coroa portuguesa negava-se à estabelecer uma instituição de Ensino Superior aqui, diferentemente da coroa espanhola. O mínimo que o Estado poderia fornecer era isso. Além do mais, a população marginalizada pelo regime elitista da época — até porque apenas 5% da população votava em 1881 — não dispunha de privilégios para estudar fora do país. Sem universidades e sem pessoas capacitadas para tal, o Estado bancava estudos de indivíduos pertencentes às elites fora dos país. D.Pedro II era um monarca que interessava-se pelo conhecimento assim como Frederico, o Grande. Mas não transformou o gosto pelo conhecimento em instituições ou políticas públicas. Só fomos ter grandes transformações nas instituições durante o Governo Vargas (CLT, SUFRÁGIO FEMININO, DASP, PETROBRÁS).

 

O Brasil nunca emergiu no cenário internacional como promessa de potência. À época do Império, eramos apenas uma economia agroexportadora que só começou seu intenso processo de industrialização na década de 30 devido a Crise de 29, onde o café perdeu boa parte do seu valor. Vargas tentou aplicar o conceito básico de Demanda X Oferta queimando o café para valorizá-lo, mas não obteve êxito. A economia brasileira até a Primeira República detinha ciclos de ascensão e declínio de produtos agroexportadores. Em outras palavras, era uma economia semelhante ao período colonial, com grandes latifundiários, fazendeiros e comerciantes que enriquecerem-se à base do modelo escravocrata. O Brasil exportava produtos de baixo valor agregado sem necessariamente uma cadeia produtiva complexa e importava produtos de alto valor agregado. Ou seja, vendia o café para comprar a máquina de café. Em 1880, 60% das exportações brasileiras eram apenas café. E diferentemente dos árabes, o Brasil não soube o utilizar o boom do café para desenvolver sua indústria adequadamente. Se não fosse a Crise de 29, certamente ainda estaríamos exportando café como a principal fonte de riqueza do país. Nessa época havia uma máxima:" O Império é um déficit". Não tinha uma política fiscal coesa. Se reclamam hoje das pedaladas ou da Reforma na Previdência, nessa época era muito pior, porque praticamente ninguém pagava imposto.

 

A abolição da escravidão consolidou-se mais por problemas internos do que pela decisão do Imperador. Havia um grande endividamento dos senhores com os traficantes de escravos, já que com a proibição do tráfico, era mais custoso manter este sistema; epidemia da febre amarela em 1850, onde culpava-se os escravos desembarcados por trazê-la; e segurança pública, pois o número de escravos era tão alto que chegava próximo aos arredores da Corte na província fluminense.

 

Eu concordo que o sistema monárquico é realmente estável, digo, a monarquia constitucional — ou representativa (modelo brasileiro) — e não a absolutista. Você consegue manter uma similaridade, ainda que singela, entre política de Estado e de Governo. Montesquieu dizia que a monarquia constitucional era a melhor forma de governo. Por outro lado, a era das Monarquias e dos grandes Impérios chegara ao fim. Há no momento um crescimento exponencial de democracias ao redor do mundo, muitas delas providas pelo fim de regimes ditatoriais. Os liberais clássicos — vide Kant — diziam que democracias não guerreavam entre si. De fato, há poucos indícios na história de conflitos entre democracias. Conflitos de democracias e Estados autoritários são mais frequentes. De todo modo, não estamos tratando de ir à guerra ou não, mas de estabilidade. E estabilidade não garante governança, o que significa que Monarquia não necessariamente será o melhor sistema.

“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender”.

 

Blaise Pascal

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@Jean Valjean https://www.youtube.com/watch?v=lZmno3hxNkE Assista. Depois procure relatos sobre a mudança da monarquia para a república. No resto, não irei responder todos os detalhes... Quanto ao ensino, numa sociedade praticamente pré-histórica, você realmente acha que todos tinham condições de frequentarem as salas de aulas? Me referia a qualidade, não ao alcanço. Minha mãe mesmo só pode estudar depois de certa idade, pois antes disso precisava ajudar em casa, e a escola era longe "pra burro". Se hoje em dia, ainda temos em certas regiões a problemática da distância, imagina em 1880. Agronegócio em 30, crise de 29? DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? O império terminou em 1889, e o agronegócio era o carro-chefe de grandes países. Diga-se de passagem, somos ainda uma nação exportadora de alimentos...E com a maior parte restante sendo de produtos de fabricação primária. Modelos de governo, comparado a quem? Me diz um modelo perfeito. Sério mesmo que citou Kant? Aquele mesmo que escreve abstrato, sobre o abstrato? Ninguém está falando de conflitos. Estados democráticos não guerream? E o que isso tem em relação com a pauta do tópico? A questão X é, nenhum ser humano dotado de uma lógica neandertal seria capaz de afirmar que a República Brasileira deu certo. E sim, D. Pedro fez por esse país, o que nenhum brasileiro hoje em dia faz metade. No mais, você só citou problemáticas, que todas se repetem em diversos países no mundo, seja avançados ou não. Problemas entre classe alta e baixa? Já viu a situação atual do país com a melhor renda per capita do mundo? Ficou sabendo da problemática que os EUA estava enfrentando tempos atrás com a "falta" de energia? Independente da época, ninguém é um estado perfeito e longe de problemas. A baixa do café, o problema com escravos, foram situações da época. É o mesmo que eu julgar a República agora, comentando a crise na energia nos preços dos serviços prestados; água, luz e etc. Finalizo rindo da sua ingenuidade, achando mesmo que a Petrobrás foi um bom negócio de "políticas públicas". HAHAHAHAHAHAHAAHAHAH Esta merda de estatal (que nem é tão estatal), só foi dá algum lucro na década passada, e já nesta década sofreu a maior queda que se tem notícia nos valores de uma empresa de tamanho porte. E TU VEM ME DIZER ESSA PATAQUADA TODA? hahahahhahahahahahahaah Edit: tá falando mesmo sobre impostos? No país onde se há a maior cota de impostos do mundo??? HAAHAHAHAHAHAH Tu só pode estar de brincadeira, não é possível... Qual país árabe que usou o "boom" do café para investir nas indústrias? HAHAHAHAHAHAHA É piada, só pode. PS: Eu desisto de voltar a comentar aqui, eu vi que você tá fazendo piada, não tá levando a sério a conversa. Mas confesso que me divertiu... Abraços.

Every man has to die

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Acredito que você esteja se referindo à Dom Pedro II, correto?

A educação à época era terrível. A primeira instituição de Ensino Superior no Brasil surgiu no século XX. As elites, que tinham acesso à recursos, estudavam em Coimbra. A coroa portuguesa negava-se à estabelecer uma instituição de Ensino Superior aqui, diferentemente da coroa espanhola. O mínimo que o Estado poderia fornecer era isso. Além do mais, a população marginalizada pelo regime elitista da época — até porque apenas 5% da população votava em 1881 — não dispunha de privilégios para estudar fora do país. Sem universidades e sem pessoas capacitadas para tal, o Estado bancava estudos de indivíduos pertencentes às elites fora dos país. D.Pedro II era um monarca que interessava-se pelo conhecimento assim como Frederico, o Grande. Mas não transformou o gosto pelo conhecimento em instituições ou políticas públicas. Só fomos ter grandes transformações nas instituições durante o Governo Vargas (CLT, SUFRÁGIO FEMININO, DASP, PETROBRÁS).

 

O próprio Pedro II financiava o estudo de Brasileiros na Europa, com a simples exigência que eles voltassem ao Brasil para exercer suas profissões. O mesmo apoiava a educação para os mais pobres, porém o império não tinha forças contra as elites do país que lutavam contra qualquer tipo de educação para aquilo que eles consideravam como "animais"

CLT é o pior câncer da economia; Sufrágio feminino foi legal,só que virou movimento para massas de manobra do partido comunista; E a Petrobrás nem se fala kkk

 

O Brasil nunca emergiu no cenário internacional como promessa de potência. À época do Império, eramos apenas uma economia agroexportadora que só começou seu intenso processo de industrialização na década de 30 devido a Crise de 29, onde o café perdeu boa parte do seu valor. Vargas tentou aplicar o conceito básico de Demanda X Oferta queimando o café para valorizá-lo, mas não obteve êxito. A economia brasileira até a Primeira República detinha ciclos de ascensão e declínio de produtos agroexportadores. Em outras palavras, era uma economia semelhante ao período colonial, com grandes latifundiários, fazendeiros e comerciantes que enriquecerem-se à base do modelo escravocrata. O Brasil exportava produtos de baixo valor agregado sem necessariamente uma cadeia produtiva complexa e importava produtos de alto valor agregado. Ou seja, vendia o café para comprar a máquina de café. Em 1880, 60% das exportações brasileiras eram apenas café. E diferentemente dos árabes, o Brasil não soube o utilizar o boom do café para desenvolver sua indústria adequadamente. Se não fosse a Crise de 29, certamente ainda estaríamos exportando café como a principal fonte de riqueza do país. Nessa época havia uma máxima:" O Império é um déficit". Não tinha uma política fiscal coesa. Se reclamam hoje das pedaladas ou da Reforma na Previdência, nessa época era muito pior, porque praticamente ninguém pagava imposto.

 

A abolição da escravidão consolidou-se mais por problemas internos do que pela decisão do Imperador. Havia um grande endividamento dos senhores com os traficantes de escravos, já que com a proibição do tráfico, era mais custoso manter este sistema; epidemia da febre amarela em 1850, onde culpava-se os escravos desembarcados por trazê-la; e segurança pública, pois o número de escravos era tão alto que chegava próximo aos arredores da Corte na província fluminense.

 

O Brasil era uma promessa na época, pra você ter uma noção, a Inglaterra pediu desculpas ao Brasil só para evitar uma guerra com o nosso Império. Não quero dar uma de Brasil hurr durr, mas é só para ter uma noção da situação.

E claro que o Brasil era um país agroexportador, os barões do café nunca ligaram para industrializar, apenas escravizar.

E a crise de 29 foi graças a suruba de crédito desde 20, só que estourou em 29 mesmo, infelizmente Vargas atacou o problema errado.

E esse sistema de economia semelhante ao colonial, foi graças a proclamação da república, a monarquia tinha um plano de indenização e inserção dos escravos na sociedade/economia.

 

 

Eu concordo que o sistema monárquico é realmente estável, digo, a monarquia constitucional — ou representativa (modelo brasileiro) — e não a absolutista. Você consegue manter uma similaridade, ainda que singela, entre política de Estado e de Governo. Montesquieu dizia que a monarquia constitucional era a melhor forma de governo. Por outro lado, a era das Monarquias e dos grandes Impérios chegara ao fim. Há no momento um crescimento exponencial de democracias ao redor do mundo, muitas delas providas pelo fim de regimes ditatoriais. Os liberais clássicos — vide Kant — diziam que democracias não guerreavam entre si. De fato, há poucos indícios na história de conflitos entre democracias. Conflitos de democracias e Estados autoritários são mais frequentes. De todo modo, não estamos tratando de ir à guerra ou não, mas de estabilidade. E estabilidade não garante governança, o que significa que Monarquia não necessariamente será o melhor sistema.

 

Eu não vou falar nada, olha para o Brasil atual que a resposta já é mais do que adequada.

E eu não me importo se o Brasil é ou não uma potência, só queria que nosso país fosse "civilizado" .

kek!
 
 
 
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[quote name='yahazu']@Jean Valjean https://www.youtube.com/watch?v=lZmno3hxNkE Assista. Depois procure relatos sobre a mudança da monarquia para a república. No resto, não irei responder todos os detalhes... Quanto ao ensino, numa sociedade praticamente pré-histórica, você realmente acha que todos tinham condições de frequentarem as salas de aulas? Me referia a qualidade, não ao alcanço. Minha mãe mesmo só pode estudar depois de certa idade, pois antes disso precisava ajudar em casa, e a escola era longe "pra burro". Se hoje em dia, ainda temos em certas regiões a problemática da distância, imagina em 1880. Agronegócio em 30, crise de 29? DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? O império terminou em 1889, e o agronegócio era o carro-chefe de grandes países. Diga-se de passagem, somos ainda uma nação exportadora de alimentos...E com a maior parte restante sendo de produtos de fabricação primária. Modelos de governo, comparado a quem? Me diz um modelo perfeito. Sério mesmo que citou Kant? Aquele mesmo que escreve abstrato, sobre o abstrato? Ninguém está falando de conflitos. Estados democráticos não guerream? E o que isso tem em relação com a pauta do tópico? A questão X é, nenhum ser humano dotado de uma lógica neandertal seria capaz de afirmar que a República Brasileira deu certo. E sim, D. Pedro fez por esse país, o que nenhum brasileiro hoje em dia faz metade. No mais, você só citou problemáticas, que todas se repetem em diversos países no mundo, seja avançados ou não. Problemas entre classe alta e baixa? Já viu a situação atual do país com a melhor renda per capita do mundo? Ficou sabendo da problemática que os EUA estava enfrentando tempos atrás com a "falta" de energia? Independente da época, ninguém é um estado perfeito e longe de problemas. A baixa do café, o problema com escravos, foram situações da época. É o mesmo que eu julgar a República agora, comentando a crise na energia nos preços dos serviços prestados; água, luz e etc. Finalizo rindo da sua ingenuidade, achando mesmo que a Petrobrás foi um bom negócio de "políticas públicas". HAHAHAHAHAHAHAAHAHAH Esta ***** de estatal (que nem é tão estatal), só foi dá algum lucro na década passada, e já nesta década sofreu a maior queda que se tem notícia nos valores de uma empresa de tamanho porte. E TU VEM ME DIZER ESSA PATAQUADA TODA? hahahahhahahahahahahaah Edit: tá falando mesmo sobre impostos? No país onde se há a maior cota de impostos do mundo??? HAAHAHAHAHAHAH Tu só pode estar de brincadeira, não é possível... Qual país árabe que usou o "boom" do café para investir nas indústrias? HAHAHAHAHAHAHA É piada, só pode. PS: Eu desisto de voltar a comentar aqui, eu vi que você tá fazendo piada, não tá levando a sério a conversa. Mas confesso que me divertiu... Abraços.[/QUOTE] @'Rimas Este é o tipo de comportamento que espera-se de um "Gold Member"? Em nenhum momento, eu faltara com respeito ao indivíduo presente nesta "discussão". Aspas na palavra discussão, pois tornara-se uma lista de ofensas. Pois bem, vamos aos fatos... [I][COLOR=#ff0000]"No resto, não irei responder todos os detalhes... Quanto ao ensino, numa sociedade praticamente pré-histórica, você realmente acha que todos tinham condições de frequentarem as salas de aulas? Me referia a qualidade, não ao alcanço. Minha mãe mesmo só pode estudar depois de certa idade, pois antes disso precisava ajudar em casa, e a escola era longe "pra burro". Se hoje em dia, ainda temos em certas regiões a problemática da distância, imagina em 1880."[/COLOR] [/I] De fato, você está apenas enfatizando o que eu dissera anteriormente. Um país que não possuía condições socieconômicas e políticas para estabelecer um Ensino Superior adequado. As colônias espanholas até meados de 1880, já tinham formado 150 mil pessoas enquanto apenas 1500 pessoas haviam passado pela universidade de Coimbra. Independentemente de recursos ou não, havia falta de interesse em educar as pessoas, pois o obscurantismo e patriarcalismo eram bases do regime à época. No ano de 1872, o senso registrava 16% de alfabetização no país. Em 1920, a porcentagem de alfabetização havia subido apenas 8% a mais. [I]CARVALHO, J.M. Fundamentos da política e da sociedade brasileiras in AVELAR, Lúcia e CINTRA, Antônio Octávio. Sistema político brasileiro: uma introdução. Rio de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer-Stiftung; São Paulo: Fundação Unesp Ed., 2004. Pp. 21-32. [COLOR=#ff0000]Agronegócio em 30, crise de 29? DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? O império terminou em 1889, e o agronegócio era o carro-chefe de grandes países. Diga-se de passagem, somos ainda uma nação exportadora de alimentos...E com a maior parte restante sendo de produtos de fabricação primária.[/COLOR] "Como ficará mais claro nos próximos capítulos, ao longo do século XX a economia brasileira transitou de uma economia do tipo agroexportadora para uma de base industrial. No início do século, as exportações eram fun- damentais na economia brasileira, pois possibilitavam as importações que eram a base da estrutura de consumo no Brasil, e o bom desempenho des- sas exportações ditava o ritmo de crescimento da economia brasileira. Depois da década de 30, o Brasil passou por uma forte industrialização que vai até pelo menos a década de 70. Essa industrialização se faz, em parte, por meio de um modelo dito de substituição de importações. Esse modelo dependia ainda, em parte, das exportações, para poder suprir as necessidades da industrialização; por outro lado, protegia as indústrias nacionais dos concorrentes externos." GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M. A. S. Economia Brasileira Contemporânea. Atlas. [/I] O Brasil iniciou seu processo de intensa industrialização a partir da década de 30, após o declínio do café. Como pode ser constatado no seguinte trecho do LAMOUNIER: [I]"No século 19, o Brasil importava praticamente todos os manufaturados que necessitava, inclusive artigos essenciais do dia-a-dia, e o nível de consumo era baixíssimo [...]. As cidades, a começar pela corte, eram imensas aldeias, feias e insalubres. O progresso trazido pelo café ao nosso país dramatizou nossa incapacidade de prosperar de maneira mais rápida e homogênea." [/I] Grandes países como Inglaterra, Alemanha — pós-unificação, França, EUA, etc., já tinham minimamente uma indústria desenvolvida e não dependiam exclusivamente de produtos primários. Um exemplo foi a Guerra Hispano-americana que, após a derrota da Espanha, os EUA assumiram temporariamente o controle sobre Cuba e industrializaram parte do país. A Prússia quando tornou-se Alemanha, importou tecnologia ultrapassada da Inglaterra e ao desmontá-la, começou a fabricar sua própria tecnologia. O Brasil não é necessariamente um país agroexportador atualmente. Possuímos o BNDES considerado um dos maiores bancos de fomento do mundo e aliás, um dos principais indicadores de críticas do governo Argentino no MERCOSUL. As empresas brasileiras instalam-se nos países pertencentes ao MERCOSUL por meio de empréstimos via BNDES e conseguem, na medida do possível, oferecerem seus produtos ao mesmo nível de competitividade local. Sem falar que o Brasil também é um dos países que exporta tecnologia para o continente africano. A empresa brasileira LOCALIZA, no ano passado, registrou lucros extremamente altos no cenário internacional e pretende, ao longo prazo, estender sua matriz no continente europeu. As grandes potências detentoras dos modelos de produção e da tecnologia não irão fornecer sua matriz tecnológica de graça. A Apple instala sua base produtiva aqui, mas a tecnologia provém dos EUA. Não quer dizer que o país não seja industrializado, apenas que está refém de uma tecnologia oriunda do exterior. Segundo Leda Paulani, professora do Departamento de Economia da FEA-USP:"[I] É fato sabido que no início dos anos 1980, em razão dos pesados investimentos nos setores de bens de capital e insumos básicos constantes do II PND – o plano de desenvolvimento adotado pelo governo Geisel em resposta à primeira crise do petróleo –, o Brasil acertou o passo com a Segunda Revolução Industrial, completando, ainda que extemporaneamente, sua matriz tecnológica. É verdade que já estava aí em curso a Terceira Revolução Industrial, mas ainda assim o feito não foi de pouca monta. O Brasil foi o único país da América Latina a internalizar toda essa matriz, o que poderia ter lhe dado o grau de autonomia que tentara sem sucesso obter na primeira metade dos anos 1950, com os projetos do segundo governo Vargas."[/I] [COLOR=#ff0000][I][/I] [I]Modelos de governo, comparado a quem? Me diz um modelo perfeito. Sério mesmo que citou Kant? Aquele mesmo que escreve abstrato, sobre o abstrato?[/I][/COLOR] Meu caro, Kant é considerado o principal filósofo da Era Moderna e um dos principais filósofos alemães de todos os tempos. O mínimo que poderia esperar do senhor é o respeito, já que possui total desconhecimento da importância deste homem para a humanidade. Kant teve grande contribuição no liberalismo clássico por meio do seu livro "A paz perpétua". As Nações Unidas, por exemplo, em seu preâmbulo, é possível visualizar princípios básicos desenvolvidos por Kant em sua época. Aliás, em nenhum momento eu citara que existe um modelo perfeito. Cada forma de governo terá suas idiossincrasias que possibilitarão estabilidade ou não. E reitero: estabilidade não significa governança. [COLOR=#ff0000][I][/I] [I]Ninguém está falando de conflitos. Estados democráticos não guerream? E o que isso tem em relação com a pauta do tópico? A questão X é, nenhum ser humano dotado de uma lógica neandertal seria capaz de afirmar que a República Brasileira deu certo.[/I] [I][/I][/COLOR] [COLOR=#000000]O senhor sabe o significado de propensão à guerra? Pois bem, uma democracia é menos propensa ao conflito, já que nem sempre a população aceitará a iniciação de um conflito. Além do mais, democracias possuem sistemas jurídicos mais equilibrados, pois nem sempre o governante poderá fazer o que deseja. Os exemplos mais clássicos de guerras foram entre estados autoritários e democracias. Mê de um exemplo de conflito envolvendo democracias, senão em um passado longínquo? Juntamente com a questão das democracias, existe a argumentação liberal sobre o comércio. Joseph Nye — professor de Relações Internacionais em Harvard — escreve em seu livro "Cooperação e conflito nas relações internacionais" que[I] "a argumentação liberal e o comércio pode não impedir a guerra, mas leva a mudanças nas quais os estados percebem suas oportunidades, o que por suas vez pode levar a uma estrutura social que é menos inclinada para a guerra ".[/I] [I][/I] O problema, meu caro, não é a república. Se você fala em corrupção, durante a Ditadura Militar também havia e posso assegurar-lhe que, era ainda pior. Se você fala em criminalidade, o problema não é a república, mas sim os agentes públicos, a extensa burocracia e os remendos constitucionais. Se você fala em economia, a situação melhorou e muito, comparado ao século passado. Se você fala em precariedade dos serviços públicos, o Estado francês está tão estagnado quanto ao nosso, pois não é fácil fornecer serviços públicos à um país com dimensões continentais. O problema não é a república, nunca foi. Se instalam-se monarquia, anarquia ou aristocracia também não funcionaria. Os problemas persistem no Brasil devido algumas causas básicas: clientelismo, corporativismo e insulamento burocrático. Claro que existem outros fatores, mas muitos autores citam esses conceitos. Caso o senhor se interesse: [/COLOR][COLOR=rgb(0, 0, 0)][URL]http://www.bresserpereira.org.br/terceiros/cursos/09.Nunes,Edson-Construcao.pdf[/URL] [/COLOR] [I][COLOR=#ff0000]E sim, D. Pedro fez por esse país, o que nenhum brasileiro hoje em dia faz metade.[/COLOR][/I] [COLOR=#000000] Depende do ponto de vista. Veja a análise de LAMOUNIER acerca de D.Pedro II:[I]" Pedra angular do sistema político imperial, o próprio D. Pedro II sofreria forte desgaste — às vezes pelo que fez, e com frequência pelo que deixou de fazer".[/I] [I][/I][/COLOR] [I][COLOR=#ff0000]No mais, você só citou problemáticas, que todas se repetem em diversos países no mundo, seja avançados ou não. Problemas entre classe alta e baixa? Já viu a situação atual do país com a melhor renda per capita do mundo? Ficou sabendo da problemática que os EUA estava enfrentando tempos atrás com a "falta" de energia? [/COLOR][/I] [COLOR=#000000]Não entendi o porquê deste parágrafo.[/COLOR] [COLOR=#ff0000][I]Independente da época, ninguém é um estado perfeito e longe de problemas. A baixa do café, o problema com escravos, foram situações da época. É o mesmo que eu julgar a República agora, comentando a crise na energia nos preços dos serviços prestados; água, luz e etc.[/I][/COLOR] [COLOR=#000000][I][/I] Nem deste.[/COLOR] [I][COLOR=#ff0000] Finalizo rindo da sua ingenuidade, achando mesmo que a Petrobrás foi um bom negócio de "políticas públicas". HAHAHAHAHAHAHAAHAHAH[/COLOR][/I] A maior empresa estatal de capital misto do país foi um fracasso? Ou o senhor acha um bom negócio importar petróleo? Os lucros que a Petrobrás forneceu a este país superam qualquer escândalo. Brasil quebrou na década de 80 muito por causa do petróleo. Realmente, é ridículo criar uma empresa estatal petrolífera. [I][COLOR=#ff0000]Esta ***** de estatal (que nem é tão estatal), só foi dá algum lucro na década passada, e já nesta década sofreu a maior queda que se tem notícia nos valores de uma empresa de tamanho porte. E TU VEM ME DIZER ESSA PATAQUADA TODA? hahahahhahahahahahahaah[/COLOR][/I] [URL]https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2010/09/24/lula-destaca-feito-historico-da-capitalizacao.htm[/URL] A criação da Petrobrás foi um marco de políticas públicas, pois diminuiu a dependência brasileira do petróleo estrangeiro. Não é à toa que, esta dependência, proporcionou ao país declarar moratória da dívida na década de 80. Sem falar que petróleo, de onde se produz os combustíveis, é uma alternativa para tributação indireta — vide política fiscal. Se o Estado não detém participação no setor de combustíveis, ele certamente estará nas mãos da iniciativa privada. Basta analisarmos os preços da gasolina durante as décadas de 70 e 80, onde além da falta de gasolina, o preço era demasiadamente alto. Se o Estado necessita importar mais barris de petróleo, e ainda por cima, por um preço altíssimo, há um desequilíbrio na balança comercial. E para cobrir o desequilíbrio, o Estado pode repassar os preços ao consumidor — tributação direta ou indireta, praticar uma política fiscal mais austera, privatizar, etc. Deve ser maravilhoso ao país acumular dívidas com a maior taxa de juros do mundo. [I][COLOR=#ff0000]Edit: tá falando mesmo sobre impostos? No país onde se há a maior cota de impostos do mundo??? HAAHAHAHAHAHAH Tu só pode estar de brincadeira, não é possível...[/COLOR][/I] [COLOR=#ff0000][I][/I][/COLOR] Brincando está o senhor, meu caro. [I][COLOR=#ff0000]Qual país árabe que usou o "boom" do café para investir nas indústrias? HAHAHAHAHAHAHA[/COLOR][/I] O senhor novamente interpretou equivocadamente o texto, mas permita-me ajudá-lo. Países árabes — além de serem fundadores da OPEP —, são responsáveis pela maior % de exportações de petróleo do mundo. E diferentemente do Brasil, muitos deles souberam utilizar os petrodólares para estruturarem-se adequadamente. Embora seja uma região extremamente conflitosa, não pode-se negar a riqueza árabe. Caso o senhor se interesse, acesse: [URL]http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1727448-arabia-saudita-podera-abrir-capital-da-maior-produtora-mundial-de-petroleo.shtml[/URL] Até o momento, vi inúmeras informações sem nenhum tipo de referência, apenas baseadas em um documentário de péssima qualidade. De todo o modo, todas as informações apresentadas por mim, foram retiradas de artigos e livros de professores referenciados no cenário nacional e internacional. E ainda assim, o responsável por este enxame de ofensas diz que sou um completo "neandertal". Então suponho que, todos os indivíduos citados por mim também sejam "neandertais". Ora, realmente eu divirto bastante as pessoas, não é mesmo? [COLOR=#000000][/COLOR]

“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender”.

 

Blaise Pascal

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@Jean Valjean me divertiu completamente. Ok, voltei ao tópico, pois você quer referências. Acho justo. Por partes, então. Primeiro a Petrobrás. Os EUA não possuem estatais na área petrolífera, e muito menos pesam com controle autoritário o mercado. Sabem que só pratica isso países em crise. Análise da Miriam Leitão. [URL]http://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/capitalismo-estatal-182005.html[/URL] Em 2016, a Petrobrás fechou num negativo assustador. [URL]http://www.opovo.com.br/jornal/radar/2017/03/petrobras-registra-prejuizo-pelo-3-ano-consecutivo.html[/URL] Texto curto, mas qualquer leigo entende. Não pagou nem dividendos. Você chama isso de sucesso? A InfoMoney, vem relatando alguns dados da Petrobrás. [URL]http://www.infomoney.com.br/petrobras/noticia/6358434/producao-petroleo-petrobras-pais-cai-marco[/URL] O governo deu boas novas aos acionistas, dizendo que de 2020 a 2025 será a época de ouro, com a extração em alta, produção em alta, e etc. Mas já saiu análise de vários economistas, dizendo que tudo pode atrasar. Petrobrás é um sucesso?! Ah, esqueci de mencionar, a Petrobrás tem uma dívida de mais ou menos 500 bilhões. Estamos com um déficit enorme, meu caro. [QUOTE]Basta analisarmos os preços da gasolina durante as décadas de 70 e 80, onde além da falta de gasolina, o preço era demasiadamente alto.[/QUOTE] A gasolina hoje é bem baratinha né? HAHAHAHAAHAH MAIS PIADAS Sobre a parte histórica, não vou ficar caçando fontes, de conhecimento que adquiri em anos (todas citações suas foram feitas sem seguir normas). Te passei o vídeo, pois é simples, e é bem fiel. Á época em 1880, qual país que tinha condições metropolitanas para estabelecer metade de seus cidadãos? Carros, transporte público, e etc? Eu me REFERIA a QUALIDADE do ensino. Que era inigualavelmente melhor na monarquia. Hoje se há a conscientização, por meios de inúmeras frente sociais de indução à educação... Na época, era só o desejo do Imperador mesmo, que as escolas fossem locais de qualidade. E para finalizar, não vou incluir seus quotes, se não teve capacidade de entender alguns trechos do texto, não vai ter capacidade de entender minhas respostas. Tu se refere a que país árabe? (novamente a pergunta) Se você se referia aos Emirados Árabes, está equivocado. Política dominadora e pesadíssima, controlam tudo, inclusive o petróleo. Seus "sheik" são os únicos privilegiados, e apesar de terem frente em diversas empresas, nada é distribuído democraticamente. Sim, possuem riquezas incontáveis, nas mãos de poucos. Parecido com o Brasil, república das bananas, né? Agora sério, ( você é o mkak?) chega desse papo. Acha que usar linguajar de porta de restaurante vai te dá razão? Não adianta me chamar de senhor, senhor pra mim tá no céu, e é Deus. E não venha chorar que tô te ofendendo, ofensa é de outro cunho. Tenha culhões cara, vai ficar chorando igual uma moçoila? Isso é um papo, e se já começou a chorar para administrador me dá punição, só me prova que você não aguenta a verdade. Adorei as piadas, agora chega, não quero ser mal educado e deixá-lo sem uma resposta digno da sua vontade de pesquisar.

Every man has to die

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  • 2 semanas atrás...

A Nova República brasileira não apenas falhou, como sempre foi uma empreitada natimorta. O sistema de democracia representativa mundial apresentam falhas crassas, e cada dia que passa é mais comum ver-se manifestações ao redor do mundo por governantes que não são capazes de representar o povo.

Toda a crise em que passamos, tal qual grande parte das crises do século XX, é fruto de uma política delirante, ou de conciliação de classes (visto no ciclo democrático-popular representado pelo PT), ou de um governo escancaradamente burguês. E isto não só na democracia, as diversas ditaduras que atravessaram este país no século XX estavam a claro serviço do grande capital.

 

O Brasil e a América Latina como um todo vivem uma situação de dependência dos países centrais insustentável. Não será possível que o nosso país se desenvolva, tanto economicamente, quanto politicamente, enquanto não se voltar para o desenvolvimento interno e, acima disto: fugindo da superexploração do trabalho protagonizado pelas relações de produção com o mercado exterior.

Os amigos ali em cima estavam falando abertamente sobre a economia agro-exportadora: nós somos isto até hoje. Exportamos commodities para receber industriais. Nunca saímos disto e, mesmo em 1889, se vangloriar de ser uma economia agro-exportadora no auge da revolução industrial é de uma ignorância absurda.

 

O magnânimo Fernando Henrique Cardoso disse, pouco tempo após assumir a presidência da república: "O Brasil não é mais um país subdesenvolvido. É apenas injusto." E eis aqui onde estamos, senhor FHC, afundando os trabalhadores na lama enquanto os bancos batem recordes de lucro.

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